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3 de março de 2011

Diario meio-sangue-Capitulo 4

Capitulo IV: Em minha primeira noite, aprendo que uma vida de meio-sangue não é nada fácil.

-Bem, quando Annabeth ligou, eu vinha no carro, e Apolo veio comigo, e eu terminei a profecia, mas Apolo disse, que a penúltima profecia eu tinha que falar só para a Ilana, a outra era para discutirmos no conselho. – Rachel começou falando.
Eu estava pensando, a Rachel fala Apolo, como se fossem para lá de amigos, pois é tão formal! Sorte dela, conhecer um deus que senta em um daqueles doze tronos, mas a ficha caiu, e eu percebi, que todos que estavam ali, já tinham visto alguns, a maioria, ou todos os deuses.
-Bem, magrela, que tal você falar logo a profecia? – Perguntou a garota do chalé de Ares, que eu não lembrava o nome.
Rachel olhou nos olhos de todos, mas seus olhos não eram os mesmos, eram verdes, sinistros. Ela começou a falar com uma voz diferente em minha cabeça.

Uma garota sumida vai procurar
Um jeito de acabar com esse lugar
A criação perfeita poderá
Sair em uma missão para nunca mais voltar
Ao lado de amigos apenas uma delas irá brilhar
E irá descobrir a verdadeira maldição dela acordar.

Quando a Rachel terminou de falar todos estavam em silencio e assustados. Não sei se as profecias eram assim, mas ela era mais confusa que eu. Não conseguia entender, mas percebi que tinha duplo sentido, tínhamos que observar as entrelinhas, que isso era realmente difícil. Sasukan foi o primeiro a falar:
-Tudo bem, foi medonha essa profecia, mas tem um problema, a Ilana pode ser a garota sumida, certo? – ele lançou um olhar horrível para mim, como se eu fosse querer destruir esse lugar! – Mas já que ela não lembra do passado dela, ela também pode ser a criação perfeita, seja lá o que isso queira dizer, por enquanto só temos que esquecer e observar.
-Sasukan, você tem razão, mas eu preciso beber e muito mesmo, para poder esquecer isso, vou ter pesadelos todos os dias, como se os nossos sonhos já não fossem ruins o suficiente! – falou a garota do chalé de Dionísio.
-Rachel, você tem certeza que essa profecia é sobre mim? – perguntei, pois também estava assustada.
-Bem, acho que todo mundo concorda que é sim, sobre você, mas temos que saber, em qual garota você se encaixa, a sumida ou a criação perfeita. – respondeu ela.
-Quantas pessoas não sumiram? Tem a Sakura... Oops, desculpa Sasukan, tem aquela sua irmã, Annabeth, que foi ao Olimpo, mas não chegou lá. Tem uma irmã de Percy, sabemos que ela existe, mas não tivemos mais notícias... Tem duas irmãs inúteis minhas, tem aquelas duas garotas filhas de Hermes de Los Angeles, que não chegaram ao acampamento porque desapareceram, tem muitas garotas que sumiram, e a Ilana, sumiu, mas já está aqui, então não é mais sumida, acho que Ilana é a criação perfeita, só pode, mas o que isso significa “Criação perfeita”? – Perguntou a garota do chalé de Ares, lembrei, a Clarisse.
-Boa, Clarisse! – Falou Lucky – Mas vamos pular essa parte de criação perfeita, vamos deixar isso com a sabidinha, Annabeth. Vamos pular para a parte da missão e dos amigos, vamos ter mais uma missão! – Lucky pareceu contente com esse fato. Até Nico se meter.
-Lucky, você esqueceu da quarta linha, “Sair em uma para missão nunca mais voltar” – falou o Nico como se não quisesse nada.
-É, mas tem a terceira linha que diz: “A criação perfeita PODERÁ” , não quer dizer que nunca mais vai voltar, poderá voltar ou poderá não voltar, que a quinta linha completa “e ao lado de amigos apenas uma delas irá brilhar”  então uma pode voltar, e outra irá morrer. É o único jeito que posso pensar. – falou Sasukan.
-Gente, nós sabemos que profecias têm duplo sentido, lembra a três anos atrás? Todo mundo achava que o Percy era o herói da profecia, mas era o Luke. – falou Rachel.
-Lucky? – perguntei.
-Não o Lucky ai, – ela apontou para Lucky - mas L-U-K-E, um filho de Hermes, que foi um vilão, mas morreu como herói, mas não precisamos falar sobre isso. – Respondeu Rachel.
-Pessoal, por que não vamos dormir? Já está passando das dez, eu vou ficar com olheiras, a Ilana deve está cansada e sobrecarregada de tantas informações. Pensamos melhor descansados, agora vamos só quebrar a cabeça. E rapidinho, por que o Chris substituiu os irmãos Stoll? – perguntou a garota do chalé de Afrodite.
-Porque quebrou o braço, elas foram mexer hoje mais cedo com duas irmãs suas, e eu quebrei a cara deles, porque elas têm apenas nove anos, não devemos fazer brincadeiras com os heroizinhos mais novos que ficam na casa grande, muito menos de outros chalés! – respondeu Clarisse – Por que? Ta com saudades deles?
-Não! – respondeu a garota da Afrodite e virou a cara, com certeza ofendida.
-Tudo bem, encerra nosso conselho agora, vamos para nossos chalés, e depois falamos sobre isso, tenham uma boa noite, e tchau, estou morrendo de sono. – Falou o Percy encerrando o assunto.
E assim terminou o conselho. E fomos para nossos chalés, eu fui acompanhando o Sasukan, que estava super pensativo até o meu chalé temporário. A floresta parecia está toda silenciosa, tirando o som das minhas passadas, pois as vezes eu achava que o Sasukan não pisava no chão, pois ele andava totalmente em silêncio. Andamos por uns dez minutos, eu já estava ficando cansada, até que o Sasukan falou:
-Falta pouco, nossa casa é meio afastada de tudo, pois de noite fazemos muito barulho, por hoje não vamos treinar, mas se não se acostume, normalmente não abrimos exceção. Já a posso ver, é só olhar naquela direção. – ele apontou em frente, mas o que eu conseguia era ver o escuro, e nada mais.
-Bem... acho que você tem visão de dragão, de gato ou algo do tipo, porque só vejo o escuro. – respondi.
-Devolvendo a cortada, as pessoas não podem ver o escuro, pois o escuro não existe... – ele ia terminar, mas quis da outra cortada.
-Boa, mas eu sei que o escuro é apenas falta de luz, que podemos estudar a luz, mas não o escuro... é, eu sei – falei como uma boa aluna e uma irritante irmã.
Eu me surpreendi com o que ele fez, eu achava que ele ia fechar a cara, ou não falar mais, mas em vez disso ele só fez rir, uma gargalhada que eu achava que ele não era capaz de fazer. Isso fez com que eu parasse e ficasse olhando meio assustada para ele, até que ele percebeu, se controlou e acenou para eu continuar a caminhada com ele. Corri um pouquinho para acompanhá-lo e fiquei ao lado dele, ele colocou a mão em meu ombro e falou algo parecido como “você não muda nunca”. Não sei se ouvi bem, mas parece que foi isso. Depois ele tirou a mão do meu ombro e andamos lado a lado por mais uns dez minutos, quando eu estava já para me sentar no chão da floresta ele falou:
-Olha lá, estamos chegando! – e apontou para frente, e eu pude distinguir um formato de casa japonesa, com aqueles tetos engraçados, luz acesa, e um vermelho vivo.
-Vou ficar aqui? Mas... eu estava pensando, quando falaram que era perigoso para os heroizinhos ficarem nos chalés, era porque tinha monstros, não é? Então... como vamos ficar protegidos aqui? – esse assunto começou a ficar preocupante.
-Por isso escolhi aqui, porque é distante de tudo, e um pouco distante dos monstros, apesar de andar muito, aqui é mais seguro, e a cada missão que concluímos com sucesso, ganhamos mais um pouco de magia, e estamos fortalecendo as fronteiras dos nossos chalés e acampamentos na floresta, minha ultima missão eu obtive sucesso, mas eu estava em batalha, então protegi meu acampamento na floresta, então nosso chalé não está para lá de protegido, mas está bem. Está seguro. Vamos, tenho que te apresentar ao meu irmão, Yoki.
Andamos e ele abriu a porta do seu chalé. Bem, deu vontade de sair correndo dali, eu acho que se eu abrisse um armário, ia cair roupa, ou qualquer coisa em cima de mim, era tudo muito bagunçado!  O Sasukan deve ter percebido que estava assustada, pois deu um grito imenso:
-Yokiiiiii!!!! O que você fez aqui??? Pô, brother, eu não posso passar um dia fora?? Arruma isso já!
Assim que Sasukan falou isso, um garoto, lindo saiu da casa, ele tinha o cabelo liso caído no olho, preto que parecia roxo, olhos pretos e puxados, estava sem camisa, mostrando todos os seus músculos, bem... tenho que admitir, ele era... sem explicações!
O Yoki veio em nossa direção e balançou o cabelo para sair do olho, estralou a costa e o pescoço e disse:
-Bom maninho, arruma ai, já usei chakara demais procurando meu Ipod hoje, e estava treinando, então... se vira para arrumar isso! Estou esgotado!
-Cara, eu disse que não pegasse seu Ipod! Você usou seu chakara na busca? Para um Ipod? Eu falei que estava na gaveta da sua banca ao lado da cama! Ai cara... Você é... Argh! – falou Sasukan irritado.
Eu tive que rir, parecia que o Sasukan era o irmão certinho e o Yoki o “bad-boy”, a minha risada deve ter chamado a atenção do Yoki pois ele abriu toda a porta e olhou para mim com atenção e começou a falar em japonês. Não entendi nada, mas o Sasukan respondeu em inglês:
-Sim, Yoki, ela é a Ilana mesmo, mas sem comentários, ela tem que se lembrar de algumas coisas ainda. – respondeu o Sasukan como se estivesse falando com uma criança de cinco anos.
A reação do Yoki foi bem estranha e me tirou o fôlego, ele apenas me abraçou, eu fiquei sem ar, sem ação, paralisada. Quando ele se afastou falou para Sasukan:
-Sask... pelo jeito hoje você não vai treinar, mas toda regra tem exceção! Ela vai ficar aonde?
-Na cama da Sakura, só hoje, amanha agente substitui, tudo bem para você? – perguntou Sasukan.
-Claro, pode deixar, vou arrumar a casa agora. – ele apenas se virou e olhou para toda a casa, se não foi impressão minha, eu vi seu olho ficar todo branco e aparecer veias ao redor do seu olho, então tudo ficou arrumado. Fiquei assustada, nunca tinha pensado que ninjas faziam coisas assim, que tinham poderes. – Tudo pronto! – Yoki falou com um sorrisinho de quem não quer nada no rosto.
Assim que eu e Sasukan entramos no chalé, eu perguntei baixinho:
-Sask, não é?
-Só para minha família, e alguns amigos. Mas, já que você é minha... bem, quase-irmã, é Sask para você também. – ele falou com um sorrisinho, e percebi que ele estava diferente de hoje mais cedo, mais relaxado.
Ele foi apresentando o chalé, dois banheiros, um era da sua irmã Sakura, e outro era deles, os três quartos, aonde eles tinham dois computadores, e um videogame (o que achei meio bizarro), a sala de armamento, e só. Ele foi ao quarto da Sakura, que agora era meu e abriu a porta, dentro era todo rosa e branco, um quarto de princesinha, queria perguntar ao Sask onde estava ela, e se ela ia se importar de eu ficar no quarto dela, mas algo me deteve, o jeito como ele estava olhando para o quarto, ele parecia... triste. Então me restou perguntar:
-Sask, a... Sakura... morreu?
Ele demorou a responder, mas falou:
-Ela sumiu.
-Como algumas meninas dos outros chalés? Que ainda não chegaram e que estão sumidas?
-Não... ela... – ele queria falar, mas deu uma pausa, até que Yoki entrou no quarto e falou.
-Ela foi para uma missão que ninguém nunca voltou, ela sabia dos riscos, mas foi por mim e por Sask, ela achava que era o certo, que seria a primeira a voltar, mas faz alguns anos que ela sumiu, não perdemos as esperanças de que ela esteja viva, pois ela era bem medonha e dominava todos os jujits. É uma adversária forte. – ele falou com um sorriso de lado, como se estivesse pensando nas travessuras que eles fizeram. - Bem... vá dormir, nos vemos amanhã logo cedo. Vai se acostumando. - E assim, ele saiu do quarto.
-Sask... eu não sabia, desculpe. Por isso que a Clarisse falou aquilo no conselho. Sinto muito. – falei para quebrar o silencio.
-Tudo bem, olha, acho que essas roupas vão servir. – então ele tirou umas roupas bem patty de um baú, que com certeza, eu preferiria usar roupas de homens a usar isso – Mas acho que não faz seu estilo não é?
-É... acho que isso é bem obvio... – respondi fazendo uma careta de desgosto.
-Vou falar com a Thalia, vocês são bem parecidas, se eu me lembro bem... – e assim saiu do quarto me deixando sozinha.
Tantas coisas para pensar, tantas informações em um dia só... Deitei na cama, mas imediatamente pensamentos ruins me ocorreram, como a caixa em que eu acordei, a sala de espelhos, o laboratório, tudo. Então fui para o chão, e assim esperava que ia ter uma boa noite de sono... Ah, mas como eu estava enganada!

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